A cibersegurança bancária pode ser um mecanismo de blindagem essencial contra as ameaças digitais no Brasil
Em um cenário onde os golpes digitais se multiplicam, a cibersegurança emerge como a blindagem essencial para o setor bancário brasileiro. Um novo relatório da Netskope aponta que os bancos são o alvo principal dessas investidas maliciosas.
Com a crescente integração da Inteligência Artificial Generativa (GenAI) e a disseminação de malware via serviços de nuvem, a proteção de dados confidenciais e a manutenção da confiança do cliente tornam-se prioridades inadiáveis para a solidez do sistema financeiro.
O Setor Bancário sob Ataque Prioritário
O Relatório Netskope Threat Labs Brasil 2025 é enfático: 26% dos ataques de phishing no Brasil miram o setor bancário. Isso destaca não apenas a sofisticação dos cibercriminosos, mas também a vulnerabilidade persistente de usuários a links falsos, mesmo com campanhas de conscientização.
Leandro Fróes, engenheiro sênior de Pesquisa de Ameaças da Netskope, observa que o Brasil se tornou um “ambiente propício para crimes digitais no setor financeiro“. Ele ressalta que “os golpes evoluem tão rapidamente quanto as inovações — e, muitas vezes, até mais rápido”, impactando a confiança do cliente e a continuidade dos negócios.
Adoção e Riscos da IA Generativa no Brasil
Uso do GenAI
Tendências organizacionais de adoção e uso da GenAI
A adoção do GenAI agora está generalizada em todo o Brasil, com 96% das organizações usando ativamente aplicativos GenAI baseados em nuvem em suas operações. Isso reflete uma forte mudança nacional no sentido de integrar a IA generativa aos fluxos de trabalho de negócios. Durante o mesmo período, o uso de contas pessoais da GenAI caiu significativamente, de 80% para 63%, possivelmente indicando uma preferência crescente por soluções mais seguras e gerenciadas pela organização.
A proporção de usuários que acessam aplicativos GenAI gerenciados pela organização aumentou notavelmente, de 13% para 31%, destacando a maior ênfase na governança e na proteção de dados, enquanto o uso de contas pessoais e gerenciadas permanece constante em 6%. À medida que essa tendência continua, as organizações brasileiras devem priorizar plataformas GenAI seguras e de nível corporativo para se manterem competitivas e, ao mesmo tempo, garantirem a conformidade e gerenciarem os riscos de forma eficaz.
Aspecto da IA Generativa | Detalhes e Implicações |
---|---|
Organizações Usuárias | 96% das organizações brasileiras já utilizam ferramentas de GenAI, alinhando-se à tendência global de aceleração na adoção. |
Ferramentas Populares | O ChatGPT é a ferramenta mais popular (85%), seguido pelo Google Gemini (69%) e GitHub Copilot (55%). |
Preferência por Contas | O uso de contas pessoais em GenAI caiu de 80% para 63%, enquanto o de contas gerenciadas por empresas aumentou significativamente de 13% para 31%, indicando uma busca por maior segurança. |
Exposição de Dados | 44% das violações de políticas de dados envolvendo GenAI estão ligadas à exposição de código-fonte. Dados regulamentados (38%) e senhas/chaves de acesso (15%) também são frequentemente comprometidos. |
Ferramentas Mais Bloqueadas | AiChatting (46%), Tactiq (44%), Pixlr (35%) e Poe AI (35%) são as ferramentas de IA generativa mais bloqueadas no Brasil, refletindo esforços para mitigar riscos e direcionar usuários a plataformas aprovadas. |
Novas Ameaças e Estratégias de Defesa
Além do phishing, o relatório destaca a distribuição de malware via plataformas de nuvem, com o Microsoft OneDrive sendo a mais afetada (13% das empresas com casos mensais). A ascensão da GenAI também introduz a “Shadow AI“, onde funcionários utilizam ferramentas pessoais, gerando riscos de exposição de dados sensíveis como código-fonte.
Para conter essas ameaças, as empresas brasileiras têm intensificado o uso de políticas de Prevenção contra Perda de Dados (DLP), visando proteger informações críticas. As recomendações da Netskope incluem a inspeção de todo o tráfego web e em nuvem, o bloqueio de aplicações de risco e o uso de políticas DLP robustas.
Conclusão
A segurança cibernética deixou de ser um mero suporte técnico para se tornar uma estratégia central para o setor bancário.
Proteger o valor, a reputação e os relacionamentos com os clientes exigem vigilância constante e a implementação de políticas rigorosas. No cenário de ataques digitais em constante evolução, especialmente com a proliferação da IA generativa, investir em cibersegurança é investir na resiliência e no futuro do sistema financeiro brasileiro.
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